5% Arquitetura + Arte
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Sesc Pompeia: rio, fogueira e biblioteca
Ninguém transformou nada. Encontramos uma fábrica com a estrutura belíssima, arquitetonicamente importante, original, ninguém mexeu… O desenho de arquitetura do Centro de Lazer Sesc Fábrica da Pompeia partiu do desejo de construir uma outra realidade”. (Lina Bo)

A casa com cheiro de floresta

“Na fábula, o beija flor leva no bico
a gota que salvará a floresta do incêndio.
Sensibilizados por tamanha bravura, os demais
animais se unem e vencem as chamas.”[1]
Tomaz Amaral Lotufo leva com desenvoltura o bastão arquitetônico familiar. Formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (2000), ele representa a terceira geração de uma família de arquitetos: o avô Zenon Lotufo[2]
[OCUPAÇÃO] SESC 24 de maio e a cidade: uma análise projetual por meio da metodologia de Francis Ching

“(…). Não é só uma questão visual, de o centro se parecer com a periferia. É como se não pudéssemos evitar a constatação necessária de que é nos hábitos da cultura popular que surge, sempre, o futuro. Quer dizer: as cidades, todas, serão eminentemente populares. Serão feitas para todos.”
A relojoaria do MASP – versão revista e ampliada

O MASP, aos olhos do observador atraído apenas pelo seu aspecto exterior, em um primeiro momento, é uma obra prima da simplicidade: uma caixa de vidro suspensa por dois pórticos vermelhos (figura 1). Dirigindo-se ao interior, o mesmo observador encontrará, no grande salão de exposições, nada mais que obras de arte mergulhadas em transparência. Só com o tempo e o estudo, o edifício revela a sua complexidade como uma caixa de relógio aberta expõe seu mecanismo. Sucesso de público, o MASP alcançou o coletivo e teria se tornado “monumental” [i] como desejara Lina Bo (figura 2).
Arquitetura não é Arte
As rachaduras na obra de Mondrian são sintomáticas quanto ao binômio Técnica+Arte – sem perder de vista que na origem Arte é indissociável de Técnica; é o exemplo clássico de um grande artista e um pintor pouco preocupado com as técnicas de pintura.
A nosso ver, para Mondrian a concepção é tudo. Pintar um Mondrian depois de Mondrian é um feito de pequena envergadura. Não raro o revemos nos painéis de programas de TV, cenários, etc. O resultado artístico não mais que sombreia o original. Reproduzir um Mondrian, por sua vez, não seria difícil. Depois da concepção e de um hipotético projeto, qualquer um, com um mínimo de conhecimento da técnica de pintura, poderia executar um Mondrian.
A consciência do Tempo
Hamlet – Esse camarada não tem consciência do trabalho que faz, cantando enquanto abre uma sepultura?
Horácio – O costume transforma isso em coisa natural.
Hamlet – É mesmo. A mão que não trabalha tem o tato mais sensível.
Hamlet, Ato V
A plasticidade da mente conduz a percepção. Uma hora, um minuto, um dia inteiro, são escalas variáveis de uma mesma experiência. Enquanto o amanhecer pode ser inebriante, dadas as circunstâncias, o amanhecer diário do cotidiano geralmente é resumido a uma sequência de ações esquemáticas que evaporam tão logo sejam realizadas.
O sujeito coloca-se estrategicamente afastado de suas ações porque o processo, no momento de ir ao trabalho, por exemplo, só importa se nos leva o quanto antes ao nosso objetivo.
Revisitando o Jardim Edith

O conjunto residencial Jardim Edith é o resultado de um longo processo de urbanização da favela Edith, localizado em um dos endereços mais valorizados da cidade de São Paulo: o bairro do Brooklin Novo.
Casa Valéria Cirell: uma obra alternativa

Desde que chegou ao Brasil, em 1946, o casal Bardi interagiu num contexto cultural em transformação. A noção de cultura nacional teve seus princípios do nacionalismo dos anos 1930-40 alterados em favor da cultura popular dos anos 1960 e do confronto com a cultura de massas e internacionalismo cultural dos anos 1970.
A casa arquétipo da UNICAMP

“Em relação ao desenho, buscou-se partir de uma imagem quase arquetípica da ideia de “casa”: uma porta, uma janela, um telhado (…) que pudessem ser complementados por uma árvore, uma cerca…”(VILLÀ)
Para a materialização do conceito em epígrafe, Joan Villá, arquiteto adepto da autenticidade em arquitetura, adotou o princípio da técnica construtiva e uma forma coerentes com o sistema de produção serial.