A experiência imagética na arquitetura “Raio que o parta”
Palavras-chave:
Raio que o parta, arquitetura, imagem, AmazôniaResumo
“Raio que o parta”, em arquitetura, é um termo associado à manifestação estética concebida por engenheiros, mestres-de-obras e moradores que recriaram o modernismo nas residências de classe média e popular no Pará, diferenciando-se das demais assimilações do moderno no Brasil pelo emprego de mosaicos com desenhos de setas e raios, executados com cacos de azulejos nas platibandas. Face à perspectiva comumente difundida de que se tratou de um modernismo de fachada, posto que alguns exemplares são constituídos de reformas a partir de pré-existências das arquiteturas de traços colonial e eclético, identificamos construções “de raiz” erguidas entre os anos 50 e 60 do século XX e que trazem os elementos do RQP para o espaço interno, no intuito de modernizar a casa na sua ambiência interior. Ao constatar, nos últimos anos, o apagamento crescente dos elementos RQP nas fachadas da capital paraense, percebe-se também uma valorização de seus padrões decorativos em outros segmentos da cultura material como o design e a moda. Assim, o presente artigo discute o RQP enquanto experiência imagética do moderno através da arquitetura não-erudita, analisando três casas edificadas “de raiz” situadas nas cidades de Belém e Abaetetuba, ambas no Estado do Pará.
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Copyright (c) 2022 Laura Caroline Carvalho da Costa, Cybelle Salvador Miranda
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