Espaço, corpo e cidade: o papel central da experiência no MuBE

Autores

Palavras-chave:

Fenomenologia, Paulo Mendes da Rocha, Museu Brasileiro de Escultura

Resumo

Nas últimas décadas, os museus deixaram de ser simples espaços de colecionismo de obras de arte e tornam-se locais de celebração da própria cidade onde estão locados, por vezes fazendo parte de estratégias de revitalização urbana. Frequentemente encomendados a renomados escritórios de arquitetura, os edifícios que abrigam estes grandes museus têm sido vistos como obras de arte, com forte carácter imagético, e se mostrado cada vez mais dissociados do lugar onde se inserem. O arquiteto Paulo Mendes da Rocha tem se destacado na produção de museus inseridos em contextos urbanos consolidados, levando em consideração as particularidades do lugar. Adotando o Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) em São Paulo (1986-1995) como objeto de estudo, este artigo procura explicitar, por meio de uma abordagem fenomenológica, como o arquiteto manipula luz, material e a topografia do terreno, para despertar sensações e criar um museu que valoriza a continuidade entre espaços aberto e público e espaços mais introspectivos que ofereçam concentração para se admirar obras de arte em seu interior, se unindo a cidade como um espaço-continuum, tornando-se parte integrante desta.

Biografia do Autor

Fernando Moreira, UFPE

é arquiteto pela Universidade Federal de Pernambuco (1989) e historiador pela Universidade Católica de Pernambuco (1991). É mestre em Desenvolvimento Urbano pela UFPE (1994) e em arquitetura pela University of Pennsylvania (2001) e Ph.D. em Arquitetura pela University of Pennsylvania (2004). Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Pernambuco(UFPE), pesquisador nível 2 do CNPq e assessor ad hoc da Capes, do CNPq, da Fapesp e do Arts & Humanities Research Council-UK. Foi um dos fundadores do Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada (CECI) tendo sido seu diretor-geral entre 2009 e 2011 e membro do conselho em outras ocasiões. Foi professor visitante na Fu Jen Catholic University, Taiwan (2019), Universidade Técnica de Lisboa (2011) e na University of Pennsylvania (2003-2004), ICCROM Fellow (2008) e Samuel H. Kress Foundation scholar (2003-2004). Foi eleito duas vezes Conselheiro Federal por Pernambuco no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR) na gestão fundadora (2012-2014) e na seguinte (2015-2017), membro da diretoria da ANPARQ (2011-2012), da ABEA (2013-2014) e do Docomomo Brasil (2014-2015), sendo o Coordenador-Geral deste último entre 2016 e 2017. Sua área de interesse reside em teoria e história da arquitetura, história do urbanismo e conservação. Sobre estes assuntos tem cerca 80 publicacões entre artigos, livros e capítulos de livros, em mais de dez países. Tem também experiência profissional em conservação urbana e arquitetônica, tendo participado das equipes do Plano Metrópóle 2010 (1998), Plano Diretor do Conjunto Franciscano de Olinda (2005-06), da Casa Torquato de Castro (2010), do Ginásio de Esportes Geraldo Magalhães (2011-2012), e do Plano Diretor do Campus da UFPE (2014-2015).

 

Danrlei Félix de Andrade, UFPE

Arquiteto e Urbanista pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE, 2021)

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Publicado

2022-01-21