Espaço, corpo e cidade: o papel central da experiência no MuBE
Palavras-chave:
Fenomenologia, Paulo Mendes da Rocha, Museu Brasileiro de EsculturaResumo
Nas últimas décadas, os museus deixaram de ser simples espaços de colecionismo de obras de arte e tornam-se locais de celebração da própria cidade onde estão locados, por vezes fazendo parte de estratégias de revitalização urbana. Frequentemente encomendados a renomados escritórios de arquitetura, os edifícios que abrigam estes grandes museus têm sido vistos como obras de arte, com forte carácter imagético, e se mostrado cada vez mais dissociados do lugar onde se inserem. O arquiteto Paulo Mendes da Rocha tem se destacado na produção de museus inseridos em contextos urbanos consolidados, levando em consideração as particularidades do lugar. Adotando o Museu Brasileiro de Escultura (MuBE) em São Paulo (1986-1995) como objeto de estudo, este artigo procura explicitar, por meio de uma abordagem fenomenológica, como o arquiteto manipula luz, material e a topografia do terreno, para despertar sensações e criar um museu que valoriza a continuidade entre espaços aberto e público e espaços mais introspectivos que ofereçam concentração para se admirar obras de arte em seu interior, se unindo a cidade como um espaço-continuum, tornando-se parte integrante desta.
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