Arranjos na produção habitacional brasileira: alguns pontos fora da curva

Autores

  • Fernando Cesar Negrini Minto Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Marcos Martinez Silvoso Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Luciana da Silva Andrade Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

1. Tecnologia, 2. Produção habitacional, 3. Autonomia

Resumo

A crise global cria demandas gerais e específicas e assevera, cada vez mais, as assimetrias e desigualdades nas sociedades. No campo da produção habitacional, o estudo e apropriação da técnica e a tecnologia pode contribuir na ruptura do ciclo de expropriação da força de trabalho e de domínio das classes que detêm os meios de produção. Todavia, historicamente, com a especialização do trabalho e com a divisão das disciplinas, desde o início da modernidade, as decisões técnicas têm se concentrado nas mãos de técnicos legitimados por uma racionalidade que, ao defender interesses do sistema econômico, subtraem alguns critérios fundamentais para determinar as melhores escolhas, como por exemplo a divisão social do trabalho, os impactos ambientais, as componentes simbólicas presentes no ambiente habitado, entre outras. Neste artigo são relembradas algumas possibilidades tecnológicas na produção habitacional brasileira para além daquelas de caráter dominante e hegemônico. Expõem-se, aqui, ações práticas possíveis que podem conduzir outros trabalhos, futuros ou em curso, à uma condição de autonomia tecnológica, considerando agendas e problemas específicos, em realidades que permitem a inclusão de atores, outros, para além daqueles legitimados pela razão técnica.

Biografia do Autor

Fernando Cesar Negrini Minto, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Fernando Cesar Negrini Minto

Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo (UNIMEP, 1998), mestrado pelo Departamento de Tecnologia da FAU USP (2009) e é doutorando no PROARQ – FAU – UFRJ

 

Marcos Martinez Silvoso , Universidade Federal do Rio de Janeiro

Marcos Martinez Silvoso - Possui graduação em Engenharia Civil (UFBA, 1997) e mestrado e doutorado pelo Programa de Engenharia Civil (COPPE/UFRJ, 2003). Atualmente é Professor Associado, Chefe do Departamento de Tecnologia da Construção da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (DTC-FAU/UFRJ) e Professor do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura da UFRJ.

Luciana da Silva Andrade, Universidade Federal do Rio de Janeiro

A Prof. Dr. Luciana Andrade é Professora Associada do PROURB-FAU-UFRJ, Brasil.  É arquiteta-urbanista da FAU-UFRJ e é doutora em Geografia pelo PPGG-UFRJ.  Fez pós-doutorado na Universidade Bauhaus-Weimar, entre 2005 e 2006 e no PPGAU-FA-UFBA, entre 2018 e 2019.  Ela é pesquisadora do CNPq.

Downloads

Publicado

2020-07-08

Edição

Seção

Periódico