Patrimônio cultural e participação social na cidade de São Paulo: mudanças e experiências recentes

Autores

  • Barbara Belorte Universidade São Judas Tadeu
  • Andréa de Oliveira Tourinho Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu

Palavras-chave:

Patrimônio Cultural. Preservação. Políticas Públicas. Participação Social.

Resumo

O presente artigo pretende discutir as formas de participação social no campo do patrimônio cultural na cidade de São Paulo, nas últimas décadas, a partir da análise das relações entre o poder público e grupos da sociedade civil nas ações de preservação ao longo dos anos. O texto percorre as questões internacionais e nacionais que influenciaram os debates e manifestações em São Paulo, sobretudo nos anos 1970 e 1980, quando se estabelecem os marcos iniciais da participação social nas questões de preservação do patrimônio. Com base na construção de uma trajetória histórica, busca-se refletir sobre os instrumentos de preservação do município e sua interação com a sociedade. Notaremos que, se o discurso nomeia como imprescindível a participação social – manifesta desde a Constituição de 1988 –, as práticas preservacionistas no âmbito dos órgãos de proteção do patrimônio ainda apresentam fragilidades para apreender as representações sociais do território. Por outro lado, surgiram, nos últimos anos, ações de valorização do patrimônio organizadas pela própria sociedade civil. Essa trajetória mostra o deslocamento do Estado como agente exclusivo das ações no campo do patrimônio para o compartilhamento de ações relacionadas à preservação da memória com a sociedade.

Biografia do Autor

Barbara Belorte, Universidade São Judas Tadeu

Mestre em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade São Judas Tadeu no Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo, na linha de pesquisa "Gestão do Espaço Urbano". Membro do Grupo de Pesquisa “Patrimônio Cultural e Urbanismo: discursos e práticas”, certificado pelo CNPq.

Andréa de Oliveira Tourinho, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu

Professora do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu e do Curso de Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade São Judas Tadeu. Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo; mestrado em Estética e Teoria das Artes pela Universidad Autónoma de Madrid; Arquiteta e Urbanista pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Coordena o grupo de pesquisa “Patrimônio cultural e urbanismo: discursos e práticas”.

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Publicado

2020-06-19

Edição

Seção

Periódico