Cidade e psique
Palavras-chave:
cidade, psiqueResumo
Uma das teses centrais de Freud trata da psique como soma e síntese de todas as experiências do ser humano. A conservação do passado nos permite o auto reconhecimento em qualquer instante de nossa existência. Graças a psique, temos a segurança da identidade e, ao mesmo tempo, a vivência de situações do passado, para o bem ou para o mal, carregadas de emoção. O potencial, a nosso ver, de dispor do passado no presente constante, delimita o papel de cérebro e psique. O emaranhado de neurônios e microneurônios, órgão da psique, é induzido a um encadeamento específico, como uma constelação, a partir de uma situação inesperada, como o famoso episódio da madeleine de Marcel, alter ego de Proust. Freud vê no acidente o processo da psique. E na preservação do passado sua função. Para exemplificar sua tese, Freud recorre à descrição de estágios históricos de Roma e com isso desenvolve um raciocínio que se bifurca na impossibilidade de se representar visualmente a psique e o porquê. O interesse do tema, a nosso ver, reside tanto na obra de Freud, que lemos e relemos, como na interface entre arquitetura e psicanálise, porque trabalhamos sobre o conceito da arquitetura integrada a um contexto cultural mais amplo.
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